Onze: Rui Patrício, João Pereira, Onyewu, Rodriguez, Insúa, Rinaudo, Schaars, Elias, Pereirinha, Capel e Bojinov.
Antes de falar do jogo, vou falar sobre o onze que Domingos apresentou. A introdução de Pereirinha, para mim um dos ou mesmo o mais fraco jogadr do plantel, não é um extremo puro e não se percebe como coloca este jogador a titular e se deixa Carrillo na bancada. Depois, Elias, Schaars e Rinaudo são jogadores que conseguem controlar o meio-campo mas que pecam no capítulo da criatividade. A meu ver, Rinaudo, Schaars, Elias e André Santos lutam por duas posições do meio-campo e Matias e Izmailov pela outra. Domingos escolheu ainda Bojinov para a frente de ataque e deixou Wolfswinkel no banco, um jogador que o ano passado marcou 23 golos por uma equipa que não aspira a ser campeã no seu país, claramente um jogador que merece mais confiança da parte do nosso treinador. É um jogador que encaixa melhor a jogar sozinho na frente, pois é mais posicional, um homem de área, enquanto o búlgaro jogará melhor com um parceiro no ataque.
Falando agora do jogo, começa mal com Rodriguez e Rui Patrício a reapartirem culpas no primeiro golo. O primeiro pelo corte deficiente que efectuou e o segundo por ter arriscado quando tinha espaço e tempo para não o fazer.
A partir dos 15 minutos de jogo entrámos no ritmo e dominámos a equipa pacense, que se refugiava no seu meio-campo. Entre os 15 e os 40 minutos da primeira parte o jogo foi nosso, período no qual temos dois livres perigosos, um cobrado por Bojinov e outro por Schaars, que embateu na barra. O lado direito com João Pereira e Pereirinha funcionava melhor do que o esquerdo de Capel e Insúa, talvez devido ao menor entrosamento entre ambos.
Ao intervalo, Domingos coloca Izmailov e tira Schaars, fazendo assim o trio a meio-campo que eu tinha proposto na antevisão ao jogo. O russo ontem não esteve inspirado e nunca conseguiu entrar realmente em jogo. Com o Sporting sem criar oportunidades de perigo, Domingos coloca Rubio no lugar de Pereirinha. Na jogada imediatamente seguinte, Rodríguez deixa-se antecipar por Michel e volta a ter culpas no golo, sendo que Rui Patrício também não fica isento. O peruano esteve bastantes furos abaixo do norte-americano Onyewu. É urgente trabalhar, sobretudo no momento defensivo, o ataque à bola pelo ar. Contudo, continuo a acreditar que falta um patrão nesta defesa para o lugar de Rodriguez, que discutiria com Polga a 3ª opção da equipa para a posição de defesa-central.
Finalmente entra Wolfswinkel para o lugar de Bojinov, conseguindo com isso a tal presença entre os defesas contrários. Nesta altura, Capel pega mais no jogo e a ala esquerda do Sporting começa a entender-se. Até que ao minuto 74 chega ao golo pelo "desaparecido" Izmailov depois de Wolfswinkel atrapalhar a acção do guarda-redes do Paços.
Volvidos dois minutos e depois de um grande passe de Rinaudo, Elias desmarcado e perante o guarda-redes não desperdiça a oportunidade e empata a partida.
Aos 82 minutos, com o Sporting em cima do Paços e depois de um excelente cruzamento de Insúa, Wolfswinkel aparece ao segundo poste e coloca a bola no fundo das redes.
A ganhar, o Sporting baixa o ritmo do jogo e controla as operações. De destacar a importância do gigante Onyewu no "chuveirinho" final da equipa pacense.
Como se comprova pelas estatísticas, o Sporting controlou, mandou e mereceu ganhar este jogo.
Posse de bola: Sporting: 68% P. Ferreira: 32%
Ataques: Sporting: 44 P. Ferreira: 18
Remates: Sporting: 18 P. Ferreira: 9
Cantos: Sporting: 8 P. Ferreira: 1
Melhores: João Pereira, Wolfswinkel, Elias
Piores: Rodríguez, Bojinov, Schaars
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