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Depois de uma análise sobre o relatório de contas anual do Sporting, houve quatro factores que me saltaram à vista.
O primeiro foi o decréscimo que se tem vindo a assistir da receita da quotização e do número de lugares anuais no estádio desde a época 2008/2009, fruto da descrença da massa associativa em resultado das más prestações desportivas da equipa.
O segundo factor é a venda de 50% dos direitos económicos de Marco Torsiglieri, Eric Dier e Tobias Figueiredo. Se no caso do primeiro foi um jogador que custou mais de 3 milhões de euros e portanto o Sporting teve a ajuda financeira desse fundo para contratar o defesa argentino, no caso dos dois últimos não se percebe a venda ou doação de metade dos passes dos jovens defesas-centrais, dois dos jogadores da nossa academia de quem mais se espera e com quem o Sporting pode vir a lucrar muito no futuro.
Como terceiro factor temos as participações de fundos nas recentes aquisições de Wolfswinkel, Elias, Diego Rubio e Rinaudo. Segundo o relatório, o Sporting apenas pagou metade do valor da trasnferência destes jogadores tendo o fundo ficado com 50% dos direitos económicos desses mesmo atletas, o que implica o Sporting apenas ficar com metade do valor de uma futura transferência.
Por fim e não menos preocupante, temos os valores reais pagos por alguns dos jogadores contratados nesta época. Começando pelos jogadores vindos "a custo zero" temos Rodríguez que por 70% do passe custou 1,236 milhões de euros e Santiago Arias que por 50% do passe custou 920 mil euros (se fizermos a proporção, 100% do passe do jovem colombiano corresponderia a 1,84 milhões de euros), mais de 2 milhões em jogadores a "custo zero" e sem ficarmos com a totalidade dos passes.
Bojinov, tal como foi comunicado à CMVM, custou 2,6 milhões de euros por 80% do passe, Carrillo custou 690 mil euros por 50% do passe e o guarda-redes ex-Marítimo Marcelo Boeck, por 75% do passe, custou 959 mil euros. Nada de novo nestes valores.
As transferências que me suscitaram mais dúvidas foram as de Wolfswinkel, Rinaudo e Schaars. E passo a explicar porquê. Foi comunicado à CMVM que Wolfswinkel teria custado 5,4 milhões de euros e no relatório de contas está que custou 5,075 milhões de euros, ou seja, uma discrepância de 325 mil euros. No caso de Rinaudo, toda a comunicação social noticiou que o Sporting teria adquirido 50% do passe por 650 mil euros (100% corresponderia a 1,3 milhões de euros), mas no relatório de contas está que adquirimos 100% do passe do jogador argentino por 2,42 milhões de euros, um desnível de 1,12 milhões de euros. No caso do médio holandês, Carlos Freitas disse que o ex-AZ Alkmaar custou 850 mil euros, mas no relatório está o valor de 1,35 milhões de euros, uma diferença de 500 mil euros.
Estas diferenças de valores devem-se ao quê? Comissões de empresários? Prémios de assinatura?
Caso seja alguma destas possibilidades, o Sporting gastou quase 2 milhões de euros (1,945) em comissões de apenas 3 jogadores.
Não é exagerado?
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